sexta-feira, 3 de junho de 2011

Tempo

No deserto as dunas se movem,
O deserto não é o mesmo que foi ontem.
Não é a mesma água de ontem que corre no leito do rio,
Nem é o mesmo leito de ontem que segura hoje o fluxo do rio.
As folhas caem e novas folhas nascem.
Flores murcham e morrem para que vivam os frutos.
Segue a noite ao dia, e o dia à noite.
E se não acreditas em calendário olhas pro relógio,
E se duvidas dele olhas no espelho.
E se ainda assim não acreditas no tempo,
Acredites ao menos na efemeridade de todas as coisas.
O eterno há quando o tempo cessa.
Enquanto há tempo há fim e há morte.

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