Em nossa
continua busca por autoafirmação esquecemo-nos das outras individualidades que
nos rodeiam. Procuramos ser melhor, sem entender a necessidade que os outros têm
de melhorar. Do ponto de vista do outro estamos tão errados quanto eles sob
nosso ponto de vista. Que em suma vivemos em nosso próprio mundo, mundo quase
que intransponível para o mundo dos outros. A comunicação é sempre prejudicada
pela opinião. Não sabemos comunicar fatos e ideias, sempre procuramos comunicar
nossa opinião. A imparcialidade é uma rara qualidade de difícil aplicação no
nosso cotidiano.
Outra
característica humana é tentar impor ao outro sua vontade, fazer o mundo a sua
semelhança. Geralmente essa característica é reforçada em pessoas
individualistas, pois mudar o mundo é uma ideia mais fatível que mudar a si
mesmo e se adaptar ao mundo.
Os fatos acima demonstram que o
homem é em suma solitário, preso em seu mundo, buscando uma forma de satisfazer
a si mesmo. Para o hinduísmo o homem precisa alcanças um estágio mental ou
espiritual, tal que não se identifique com dor nem prazer, não entristeça nem
se embriague de alegria, pois é isso tudo ilusão dos sentidos. Para o budismo o
homem deve alcanças um estágio de perfeição chamado Samādhi, tornar-se um Buda, já no Cristianismo
precisa-se alcanças a união com o Pai, tornar-se um Cristo, como Jesus.
Isto nos leva a entender que a sociedade prega algo oposto à religião
real. A religião que nos leva a ligação com o Criador. As religiões das massas
podem alienar mais o homem em vez de ajudar. A verdadeira busca do homem é no
interior de si. A verdade é uma experiência pessoal e intransferível. A palavra
guia, mas somente a experiência revela a verdade.
Cleison Melo
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